segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

DE LIVRO EM LIVRO

RAPARIGA COM BRINCO DE PÉROLA

Autor: Tracy Chevalier
Título Original: Girl With a Pearl Earring (1999)
Editora: Biblioteca Sábado
Páginas: 199
Tradutor: Ana Falcão Bastos

Esta história passou-se em Delf, uma cidade holandesa que se situa a aproximadamente a 6 m abaixo do nível da água do mar, onde nasceu e morreu o grande pintor Jan Vermeer.
 Johannes Vermeer nasceu a 31 de Outubro de 1632 e faleceu a 15 de Dezembro de 1675. É também conhecido como Vermeer de Delft ou Johannes van der Meer. Vermeer viveu toda a sua vida na sua terra natal, onde está sepultado na Igreja Velha (Oude Kerk), Delft.
É espantosa a forma como a autora deste livro, consegue com uma linguagem simples, descrever pormenorizadamente a arte de pintar, as técnicas utilizadas para a criação das cores, os cuidados com a iluminação, a composição dos quadros, enfim um conjunto de saberes próprios de quem é da arte. Até parece a voz de artista a falar. Até parece que ela viveu nesse tempo. Até parece que ela é pintora ou sabe da arte.
Foi engraçado ler descrições de Delf e imaginar o quão parecida e diferente estará esta cidade que visitei nem sequer há um ano. Foi aqui que presenciamos, precisamente na praça referida no livro, um artesão a demonstrar a manufatura dos típicos socos holandeses. Também foi desta cidade que trouxe de recordação, 1 par de socos em porcelana azul e branco, em miniatura, dos mais bonitos que pude encontrar pelos vários locais e cidades que visitei nessa viagem.
O facto de lá ter estado há tão puco tempo parece que me fez sentir que esta história foi real. Podia ter sido. Tive pena de não ter lido este livro antes da minha viagem. Teria tido outros olhos quando estive me Delf.
A personagem principal Griet que nos conta, afinal, a história da sua vida, que apesar de apenas saber escrever o seu nome é uma jovem dotada de uma sensibilidade especial para a arte, a cor, o sentido estético, uma grande capacidade de organização espacial que depressa foi reconhecida pelo pintor Vermeer.
Esta história também ilustra a sociedade do século XVII e do papel da mulher na Europa de então, que se limitava a um leque reduzido de oportunidades e de participação na sociedade daquele tempo.

  
  Helena Magalhães

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